No final do ano passado a presidente Dilma Roussef decidiu prorrogar por mais três anos a entrada em vigor do novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa. O decreto deu mais um tempinho para aqueles que ainda não se acostumaram com as novidades. E para quem ainda tem dúvidas sobre o novo acordo, aqui vão algumas dicas.
1 – Trema: não se usa mais o trema em nenhuma palavra.
Antes: lingüiça, freqüente.
Agora: lingüiça, freqüente.
2 – Acentuação
a) Some o acento nos ditongos abertos éi e ói das palavras paroxítonas (palavras que tem a penúltima sílaba mais forte).
Antes: idéia, geléia, jibóia, jóia, platéia.
Agora: ideia, geleia, jiboia, joia, plateia.
b) Não se usa acento em paroxítonas com i e u tônicos depois de um ditongo.
Antes: feiúra, bocaiúva.
Agora: feiura, bocaiuva.
c) Some o acento circunflexo das palavras terminadas em êem e ôo(s).
Antes: abençôo, crêem, dôo, enjôo, lêem, vêem.
Agora: abençoo, creem, doo, enjoo, leem, veem.
d) Não se usa mais o acento diferencial nos pares pára/para, péla(s)/ pela(s), pêlo(s)/pelo(s), pólo(s)/polo(s) e pêra/pera.
Antes: Ele pára o carro.
Ele foi ao pólo norte.
Agora: Ele para o carro.
Ele foi ao polo norte.
Observações:
Permanecem os acentos em:
Pôde/Pode – Pôde é o passado do verbo Poder ( 3ª pessoa do singular – pretérito perfeito do indicativo). Pode é a forma do presente do indicativo (3ª pessoa do singular).
Pôr/Por – Pôr é verbo e Por (sem acento) é preposição.
Ter e Vir e derivados (manter, deter, intervit, etc.), que diferenciam singular do plural.